domingo, 6 de maio de 2018

Um filme original e instigante.

Por conta da saber do falecimento recente do compositor islandês Jóhann Jóhannsson, responsável pela música de "A Chegada", acabei assistindo ao filme na HBO. Dirigida por Denis Villeneuve, a produção discute conceitos de linguagem (Sapir-Whorf - seu idioma determina sua forma de pensar) e de tempo (linear/não linear) como nenhum outro filme teve a ousadia de fazê-lo antes (talvez "Interestelar" tenha chegado perto!). E a mensagem pacifista, no final, é belíssima!
Como tenho o blu-ray do filme, assisti, também, a uma entrevista de 10 minutos com Jóhann Jóhannsson e fiquei impressionado com as ideias ousadas do compositor, que fez uma trilha extremamente original. Há pouco espaço ali para a melodia. É tudo bastante cerebral e abstrato. Um desafio e tanto que ele venceu brilhantemente.
Por fim, recomendo o filme para quem aprecia sair da "zona de conforto" dos filmes mais "comerciais". Descobri o trabalho (ou mais apropriadamente o universo) do diretor canadense Denis Villeneuve com "Incêndios", de 2010, um filme "perturbador" que nos faz perceber, com profundo desconforto ou constrangimento, a "verdadeira" natureza humana.


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