domingo, 21 de agosto de 2016

Jogos Olímpicos do Rio, um evento de contrastes numa cidade única


O que mais me impressionou nesses Jogos Olímpicos não foi nenhuma marca olímpica ou recorde batido. Nem mesmo Usain Bolt ou Michael Phelps, que encantaram o público por onde passaram. Foi a autenticidade do povo e da gente brasileira, expondo ao mundo, para o bem ou para o mal, nossas virtudes e também mazelas. Houve sim água verde (e suspeita) na piscina, problemas de infraestrutura na Vila Olímpica, filas intermináveis nos ginásios, assaltos a atletas e autoridades, vaias "inoportunas" e até prisão de nadadores americanos. Mas também tivemos uma belíssima cerimônia de abertura, o surgimento de novos heróis olímpicos (Isaquias Queiroz, Rafaela Silva, Martine Grael, Kahena Kunze, Thiago Braz etc.), a melhora no desempenho do país no quadro de medalhas e, principalmente, uma alegria contagiante nas ruas e praças de competição como talvez nunca tenha havido em outras edições do evento. Uma dose verdadeiramente olímpica de brasilidade que o mundo inteiro pôde testemunhar "in loco" ou a distância. E tudo isso com uma enorme transparência que somente uma democracia pujante e consolidada pode oferecer.
Salvo revelações bombásticas no futuro, considero o saldo do evento bastante positivo para o país. Gostem ou não (brasileiros e estrangeiros), é assim que nós somos, com defeitos e qualidades como qualquer povo, mas com uma mistura peculiar de etnias e culturas que nos torna únicos no mundo. E tenho muito orgulho de pertencer a tudo isso.