domingo, 3 de junho de 2018

Imprensa e diversidade


Nos últimos anos, tenho visto uma geração inteira de novos jornalistas com graves deficiências conceituais relativas ao papel social do jornalismo e a noções elementares de ética profissional.
Não faz muito tempo, e não sei se há aqui uma necessária relação de causa e efeito, tivemos a decisão do STF dispensando a formação acadêmica (ou a graduação) para o exercício da função. 
O fato é que, acompanhando o trabalho da imprensa, não por ofício, mas por hábito mesmo, percebo, de maneira geral, um desconhecimento gritante dos princípios básicos da atividade, revelando uma prática profissional que se aproxima perigosamente da militância política e da defesa de interesses privados (leia-se patrões!) na cobertura dos acontecimentos, em detrimento de uma postura mais equilibrada que contemple a diversidade de opiniões.
Por tudo isso, penso que a imprensa brasileira precisa urgentemente se reinventar para voltar a desfrutar de um mínimo de credibilidade com a população. E voltar a desempenhar seu papel fundamental na consolidação da democracia em nosso país e na própria formação da cidadania dos brasileiros.