sábado, 21 de março de 2015

Patrimônio da Humanidade



Em sua 9ª sinfonia, Ludwig van Beethoven inovou e acrescentou o canto ao gênero sinfônico, incorporando o poema "Ode à Alegria", de Friedrich Schiller, que preconiza a fraternidade entre os homens. 
Por seu conteúdo humanista e universal, a chamada "Sinfonia Coral", além de ser escolhida como Hino da União Europeia, foi consagrada pela UNESCO como patrimônio artístico da humanidade.
Para o compositor Richard Wagner, a obra de Beethoven "é a elevação da música de seu território original para introduzi-la no reino da arte universal!". 
Já o jornal alemão "Leipziger Algemeine" publicou, em 1824, a melhor definição para a obra: - Aqui a Arte e a Verdade celebram seu melhor Triunfo. 
O vídeo apresenta a Orquestra West-Eastern Divan e o maestro Daniel Barenboim executando o último e revolucionário movimento da sinfonia.

terça-feira, 10 de março de 2015

César Franck, "Psyché" e o romantismo perdido no tempo



Assisti a um concerto inesquecível em Paris, em 2008, com a Orquestra Nacional da França e o Coro da Rádio França, sob a regência de Kurt Masur, executando o comovente e acentuadamente romântico poema sinfônico "Psyché", composto pelo belga (naturalizado francês) César Franck (1822-1890) apenas 2 anos antes de falecer. 
Impregnada de um romantismo já há muito tempo esquecido, o fato é que há raras gravações e performances ao vivo da obra. A experiência de Paris, no Museu d'Orsay, exatamente no dia 21 de junho, que abre o verão no hemisferio norte, ficará para sempre em minha memória, em especial pela atmosfera de harmonia e encantamento que envolveu plateia, músicos e o próprio regente.
Seduzido pela experiência, desde então, vinha procurando um cd com a música em minhas viagens ao exterior, e também aqui no Brasil, sem obter sucesso. Achei mesmo que jamais a ouviria novamente. Pensava que tudo acabaria apenas guardado em minha memória, até que se perdesse definitivamente com o tempo.
Ajudado pelo santo protetor dos amantes de música, cujo nome desconheço, mas que certamente existe, finalmente encontrei hoje o cd (foto acima) em estado de novo, num sebo bem perto do trabalho, em mais uma de minhas peregrinações em busca de raridades perdidas. Custei a acreditar porque a gravação é com a obra completa, mais rara ainda, justamente do jeito que a conheci há quase 7 anos em Paris. Uma emoção só comparável à oportunidade de ouvi-la mais uma vez. Mas essa será uma outra história que contarei mais tarde!

Cartaz de anúncio do concerto no Museu d'Orsay

domingo, 1 de março de 2015

Uma regravação superior da obra-prima de Cliff Eidelman



Para variar, e para variar mesmo porque isso não é comum, a regravação de uma trilha sonora acabou com resultado muito superior ao do registro original. A música de Cliff Eidelman para "Star Trek VI - A Terra Desconhecida" (1991), a obra-prima do compositor, apesar da qualidade do score (meu preferido!), deixava a desejar exatamente no quesito orquestração (ou seria a mixagem?). 
Com a regravação da "Star Trek Suíte", contida na última faixa do cd (no vídeo abaixo, entre 28'30" e 35'01"), realizada pela Orquestra Filarmônica da Cidade de Praga no início dos anos 2000, a música ganhou muito mais brilho com a incorporação de metais verdadeiramente mágicos, conferindo um tom majestoso ao score que não se percebe na gravação original.