terça-feira, 10 de janeiro de 2023

"Prefiro a gentileza à violência, o perdão à vingança".

A crescente polarização política que temos visto no Brasil nos últimos anos me fez lembrar agora de um singelo e comovente trecho do livro "Civilização", transcrito abaixo, de autoria do brilhante escritor e historiador britânico Sir Kenneth Clark (1903-1983), também responsável pelo roteiro e apresentação de um memorável documentário da BBC (Civilização, uma visão pessoal de Kenneth Clark) sobre o tema, disponível no YouTube, com legendas.

"...creio que a ordem é melhor que o caos, que a criação é melhor que a destruição. Prefiro a gentileza à violência, o perdão à vingança. Acredito que a instrução é preferível à ignorância e tenho certeza de que a simpatia humana é mais valiosa do que a ideologia... sustento ainda uma ou duas crenças mais difíceis de resumir. Por exemplo, eu creio na cortesia, ritual pelo qual evitamos ferir os sentimentos de outras pessoas na satisfação de nossos egos. E creio que não devemos esquecer que fazemos parte de um grande todo ao qual chamamos de natureza...é a falta de confiança, mais do que outra coisa, que mata a civilização. Também podemos destruir-nos tanto pelo cinismo e pela desilusão quanto pelas bombas...".

Um predestinado!

Assistindo ao concerto de John Williams com a Filarmônica de Berlim executando algumas de suas trilhas sonoras antológicas compostas para o cinema. 
Como já disse "trocentas" vezes, John Williams foi o meu único ídolo e a ele devo a descoberta, ainda na juventude, da música dos grandes mestres.É verdade que, mais tarde, Beethoven, Wagner, Mahler, Brahms, Bruckner, Sibelius, Nielsen e tantos outros me "corromperam" de tal maneira que nunca mais ouvi John Williams com a mesma, digamos, "inocência" musical. 
Mas preciso admitir que meu "ídolo solitário", ainda na ativa com seus quase 91 anos, que completa no próximo dia 08 de fevereiro, escreveu páginas belíssimas da história das trilhas sonoras e do próprio cinema. Além de abrir as portas dos "clássicos" para muitos como eu, inspirou tantos outros a seguirem carreira na música orquestral, incluindo grandes compositores de cinema da nova geração. 
Assim como Pelé no futebol, um homem que nasceu predestinado para fazer diferença no mundo.