domingo, 6 de maio de 2018

De pai pra filho!

Assistindo a um programa sobre Noel Rosa no canal "Arte1", me dei conta que meu falecido pai tinha Noel Rosa como ídolo. Ele lia tudo sobre o compositor, cujo trabalho certamente o inspirou nas centenas de sambas que compôs nos últimos 30 anos de vida. Sim, meu pai era compositor (integrava a ala dos compositores da Vila isabel) e dos bons. Escrevia música com enorme facilidade, sentado num bar, vendo televisão e até no meio da madrugada, quando lhe batia um ideia na cabeça. Infelizmente, tudo isso surgiu muito tarde na vida dele, somente quando veio morar em Vila Isabel, perto dos 60 anos.
O fato é que, se ele gostava de samba, eu gosto de música clássica; se Noel Rosa era o ídolo do Pepe, o meu é John Williams, compositor de trilhas sonoras.
Apesar das diferenças, no fundo, é tudo música. No final das contas, temos no sangue, e em comum, o mesmo amor pela música. 
A propósito, não há nada igual ao canal "Arte1" na televisão brasileira. Assisti ao programa de Noel Rosa logo depois de um especial sobre as sinfonias de Mahler. É arte e cultura sem preconceitos e sem fronteiras.


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