sexta-feira, 17 de abril de 2020

Beethoven, um gênio "compreendido"!

Nesse ano, o mundo da música comemora os 250 anos de nascimento de Beethoven. A efeméride seria lembrada com concertos programados pelas orquestras mais conceituadas de todos os continentes, mas a pandemia do novo coronavírus deve comprometer a maior parte dos eventos.
De todos os compositores eruditos cuja história de vida conheço, ao menos superficialmente, por meio de livros e filmes, Beethoven é aquele com o qual eu tenho a maior e mais profunda identificação. E isso não tem nada a ver com música ou com sua obra, mas sim com a trajetória de vida do compositor, com os obstáculos que enfrentou e a maneira como reagiu a tudo, nem sempre com conformismo ou resignação.
Intempestivo, irascível, intolerante, cruel, injusto! Ele foi tudo isso, mas guardava dentro de si um profundo amor pela espécie humana e sua jornada nesse mundo, embora, com escolhas equivocadas ou "impossíveis", infelizmente não tenha alcançado a tão desejada realização romântica.
A música de Beethoven é impregnada de todas essas contradições, revelando um homem, mais do que um artista, tragicamente incompreendido e deslocado em seu meio social e em seu tempo. Sua obra nada mais é do que um reflexo ou uma resposta, por vezes enfática, a uma experiência de vida atribulada de um homem que, com sua arte, soube como nenhum outro na história da música transformar obstáculos e limitações pessoais na mais sublime expressão do espírito humano.
É por tudo isso que "compreendo" e admiro Beethoven!

terça-feira, 14 de abril de 2020

Férias de verão na Galícia!

Saudade das férias na Galícia (Espanha), terra da minha saudosa avó Evangelina. Estive lá 4 vezes e sempre no verão, quando os primos espanhóis "fogem" do calor de Barcelona para desfrutar de algumas semanas no campo. Forxa, a aldeia onde nasceu minha avó, não passa de uma rua principal com algumas casas modernas e confortáveis e um pequeno núcleo de casario antigo, mas a convivência por semanas com os primos e a "Feria del Pulpo", ou feira do polvo, prato principal servido em duas datas de agosto em todos os restaurantes de Xinzo de Limia, cidade mais próxima, marcaram para sempre em minha memória aquelas férias na Galícia. Alguns, os mais idosos como o primo de meu pai e a esposa, já não estão mais entre nós. Justamente eles que me hospedaram com tanto carinho e hospitalidade. Saudade, muita saudade...
Já se passaram 17 anos desde a última vez em que estive lá. Certamente, muita coisa mudou. Os primos, então adolescentes, que vivem em Barcelona já se casaram e têm filhos, mas, pelo que sei, muitos continuam se reunindo na Galícia no verão. É uma tradição da família!
Se Deus quiser, ainda apareço por lá nessa vida. Quanto aos que já se foram, esses eu tenho certeza que reencontrarei algum dia em outro plano.