domingo, 17 de maio de 2020

Memórias de Paris.

"Champs Élysées" tomada por policiais e bandeiras da França. Foi assim que deixei Paris exatamente no dia 17 de maio de 1995, 25 anos atrás.
Naquela tarde ensolarada de primavera, depois de 3 dias visitando pela primeira vez a cidade, eu seguiria viagem para Stuttgart, na Alemanha. Saindo do Louvre em direção à Gare de L'est para pegar o trem, vislumbrei a mais famosa avenida de Paris em festa. Achei tudo muito bonito, mas não me dei conta do que estava acontecendo. Somente ao embarcar no trem e ocupar o meu lugar pude, finalmente, descobrir o motivo do clima festivo e colorido na cidade. Uma edição do "Le Monde" abandonada no assento ao lado estampava na capa a notícia da posse de Jacques Chirac como presidente da França justamente naquele dia.
Começava ali a trajetória de Chirac como líder máximo da França e também minha paixão por Paris, cidade que eu teria a oportunidade de visitar outras vezes no futuro. Certamente foi um dos dias mais memoráveis de minhas viagens ao velho continente.
Doces lembranças...

           

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Barcelona - Paris, 25 anos atrás!

14 de maio de 1995, domingo de GP da Espanha de F1 no circuito de Montmeló, juntinho de Barcelona. Depois de uma estada de quase uma semana, chegava o dia de me despedir dos primos espanhóis, que conheci justamente naquela viagem. 
Logo cedo, saí para o último passeio, combinando que voltaria ao meio-dia para o almoço de despedida. Mas cheguei um pouco atrasado porque Barcelona estava com vários bloqueios, incluindo o fechamento de algumas estações de metrô, o que me obrigou a pegar ônibus pela primeira (e única) vez na cidade. Tudo por conta da corrida de F1.
Após o almoço, conversamos bastante e tiramos algumas fotografias como lembrança do (re)encontro da família, passados mais de 60 anos. Em seguida, o primo Martin me levou à Estação de Sants, onde eu embarcaria para a França no final da tarde. O dia estava lindo (foto) e o desafio que se apresentava para os próximos dias era conhecer Paris sem falar uma única palavra de francês. Mas foi falando inglês que me livrei de dormir na rua logo na primeira noite. Essa é uma outra história que eu conto depois!
As boas recordações de Barcelona e dos primos espanhóis eu guardaria para sempre. Era o início de uma relação de amizade que se consolidou ao longo dos anos e da qual muito me orgulho até hoje. 
A convite dos primos, retornei à Espanha outras vezes para passar férias na Galícia, terra da minha saudosa avó Evangelina. Uma experiência que me permitiu reunir ricas impressões não só dos primos, mas também do povo espanhol e do próprio país, que aprendi a amar!



sábado, 9 de maio de 2020

Madrid - Barcelona, 25 anos atrás!!

Manhã de 09 de maio de 1995, exatamente 25 anos atrás!
Estação de Chamartin, em Madrid, procedente de Lisboa. Uma noite inteira dormindo numa cabine de trem com três estranhos, um chileno, um francês e um americano. Uma verdadeira babel! Claro, cheio de medo de ser roubado. Eram os primeiros dias de uma viagem que duraria 1 mês. Dormi abraçado à mochila e com os "travellers checks" (ainda em marcos alemães!) dentro da calça. Todo cuidado era pouco.
Dali, eu ainda faria uma conexão para Barcelona no "Talgo", o melhor trem espanhol da época, com previsão de 7 horas de viagem. Hoje, no AVE, o trem veloz, o trecho é percorrido em menos de 3 horas! Tomei o café da manhã no bar da estação, um sanduíche de queijo acompanhado de um delicioso chocolate quente e cremoso, e embarquei um pouco antes das 11h. Próxima parada, Barcelona, e para uma missão muito especial, conhecer os primos espanhóis!
Durante o percurso, desfrutando da paisagem do interior do país, fiquei pensando na responsabilidade de ser o primeiro brasileiro a visitar a família da Espanha após mais de 6 décadas. E sem saber falar espanhol ou catalão, um desafio e tanto para quem fazia a primeira viagem ao exterior e mal tinha saído do Rio.
O combinado é que a prima e o marido me pegariam na estação às 18h, horário previsto para a chegada, mas cabia a mim reconhecê-los por uma foto que enviaram (pelo correio!) meses antes. Foto que eu, "lesado", não levava comigo! Daria certo isso? 
A chegada a Barcelona reuniria mesmo muitas emoções, mas essa é uma outra história!