Para Zygmunt Bauman (1925-2017), brilhante sociólogo polonês, o papel da sociologia é "tornar o familiar estranho e o estranho familiar", justamente o desafio maior de nosso tempo, uma época dominada por cancelamentos e sentimento de estranheza até em relação aos mais íntimos.
Eu iria mais longe e diria que o afeto, mais do que o próprio conhecimento, é que nos permite transitar amistosa e respeitosamente entre o familiar e o estranho, entre o próximo e o distante, sem o risco de lacrações e cancelamentos sumários ou prematuros.
Esse "breve" livro (150 páginas) relata as conversas de Zygmunt Bauman com o jornalista suíço Peter Haffner, meses antes da morte do intelectual que se revelou um dos maiores humanistas do século XX.
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