quinta-feira, 14 de março de 2024

A lembrança mais remota...

A lembrança mais remota que eu tenho do rádio é de uma radionovela da Rádio Nacional.
D. Nilza, que ainda vive (lúcida e na mesma casa!) com seus 103 anos completados no último dia 24 de dezembro, alfabetizou quase todas as crianças da vila onde eu morava, em Cascadura.
A aula começava às 14h em ponto, o mesmo horário do início da radionovela. Ao entrar na casa dela, a "recepção" era justamente com a bela música de abertura da novela, sempre acompanhada de uma voz grave masculina apresentando o resumo do capítulo anterior. Durava apenas alguns minutos, até a chegada de todos os "alunos", quando o rádio, claro, era desligado. Mas nunca me esqueci.
Fora isso, minha experiência com rádio se limitou a ouvir os indefectíveis programas matinais que as empregadas adoravam (Haroldo de Andrade, Antônio Carlos, Paulo Barbosa etc.) e a narração de jogos de futebol. E isso só até a adolescência.
Desde então, passados mais de 45 anos, não ouço rádio. Sou "filhote" da TV. Gosto de ver quem fala e como fala. Apenas ouvir a voz, nunca me "seduziu"...


Nenhum comentário:

Postar um comentário