terça-feira, 18 de setembro de 2012

Obrigado, John Williams!!


Os trabalhos mais recentes de John Williams ("Cavalo de Guerra" e "As Aventuras de Tintin"), embora sejam bem realizados, inclusive com indicações ao Oscar, não chegam nem perto do brilho, da inventividade e da excelência que caracterizaram as obras do compositor no auge da carreira (décadas de 70 e 80). Trilhas sonoras como "Contatos Imediatos do 3ª Grau", "Guerra nas Estrelas", "Indiana Jones" e principalmente "E.T." representaram um resgate do estilo sinfônico típico da época de ouro de Hollywood (anos 30, 40 e 50), que predomina até hoje, ainda que em menor grau e competência. Atualmente, qualquer filme de médio orçamento conta com um score orquestral, o que significa maiores oportunidades de trabalho para as novas gerações de músicos e compositores de cinema (pelo menos de Hollywood). Indiscutivelmente, um dos maiores responsáveis por tudo isso é John Williams, com quem aprendi a apreciar e amar músicas de filmes. Acredito que seu trabalho influenciou, em grande medida, minha visão estética sobre a música, a arte e a vida, de maneira geral. A ele sou grato eternamente por isso.
Infelizmente, porém, preciso admitir que suas últimas obras não passam de colagens bem realizadas de trilhas anteriores, indignas, portanto, do passado glorioso do genial compositor. 
Apesar disso, meu respeito por John Williams continua intacto e assim será por toda a vida. Em minha juventude, enquanto os jovens do mundo inteiro se rendiam ao rock (Beatles, Pink Floyd etc. etc. etc.), eu só tinha ouvidos para a eloquência e o lirismo das músicas do mestre John Williams e de seus colegas de profissão. Até hoje, confesso que não sei se gosto mais dos filmes ou das músicas que os embalam. Não importa, afinal, sempre posso encontrá-los juntos, prontos para me emocionar e fazer sonhar.


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