terça-feira, 10 de maio de 2022

Solidariedade e a construção da paz

 


A chegada de quase 1000 refugiados ucranianos ao Brasil, incluindo muitas crianças, embora ocorra num momento difícil da vida deles, é uma oportunidade de ouro para que esse grupo originário de uma cultura tão distante e distinta nos veja mais de perto e, talvez, longe dos clichês.
Quase tudo do pouco que aprendi sobre a natureza humana (e sobre mim mesmo) foi através das viagens e do contato com outros povos e outras culturas. Como já devo ter dito inúmeras vezes, não foi com instrução, livros, filmes ou mesmo com a música que tanto amo.
No início, ao visitar outros povos, o que me motivava era perceber as diferenças, como uma criança explorando um brinquedo novo, mas não tardou muito para descobrir as semelhanças que me aproximavam cada vez mais daqueles que me pareciam tão estranhos e distantes.
Apesar da inegável individualidade que cada um carrega, há, porém, algo profundamente comum a todos nós com um extraordinário potencial para nos aproximar. Essa foi, certamente, a maior lição que aprendi em minhas viagens.
Por isso mesmo, acho que não existem instrumentos mais eficazes para a construção da paz no mundo do que o ensino de idiomas e o incentivo às viagens, seja para onde for, em especial para os jovens.
Mesmo em circunstâncias dramáticas como as que envolvem os ucranianos obrigados a deixar o próprio país em guerra, o contato com povos distantes pode lhes servir de ótima oportunidade para encontrar a humanidade que reside em cada um de nós, independentemente de cultura, etnia e religião. Eu acredito nisso!

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