segunda-feira, 19 de junho de 2023

Viena e a ruptura com o "classicismo" nas artes!

 

Muita gente associa Viena a óperas de Mozart e valsas de Strauss (pai e filho), mas, há pouco mais de 1 século, a capital austríaca já foi considerada de "vanguarda". É verdade que Viena já há muito deixou de dar as cartas no ramo das artes, mas na virada do século XIX para o século XX a cidade tornou-se palco da "Secessão", um movimento iniciado na Alemanha (Munique e Berlim) e, em seguida, estabelecido em Viena (1898) por um grupo de artistas liderados por Gustav Klimt, onde se propagou em resposta aos padrões acadêmicos e conservadores predominantes na época.
No mesmo período, também floresceu na cidade a chamada "Segunda Escola de Viena", movimento musical integrado por um grupo de compositores "modernistas" (Arnold Schoenberg, Alban Berg, Anton Webern etc.), que se caracterizou pelo emprego do atonalismo e do dodecafonismo na música, linguagens até hoje apreciadas apenas por parcelas reduzidas de melômanos. Após 100 anos, linguagens musicais ainda de vanguarda ou definitivamente "sepultadas"?
O fato é que Viena, uma cidade que parece sempre voltada para seu passado glorioso como capital de um império e da música clássica, já teve também seus dias (ou anos) de vanguarda nas artes, apontando novos caminhos e inspirando movimentos artísticos e musicais. Hoje, quem caminha pelas ruas centenárias da cidade ainda percebe no ar um certo orgulho pelo passado imperial e rica herança cultural, refletidos nos monumentos que dominam seu centro histórico.
Se os artistas de vanguarda de nossos dias já não se inspiram no que acontece em Viena, ao menos não podem ignorar tudo o que a capital austríaca representa para a arte ocidental.

Nenhum comentário:

Postar um comentário