segunda-feira, 19 de junho de 2023

Não tem preço...

 


"É melhor presenciar algo uma vez do que ouvir sobre isso milhares de vezes" - Provérbio asiático.
Por pura sorte (e talvez oportunidade histórica), comecei a viajar justamente quando o real valia muito. Na primeira viagem, em 1995, o real valia mais do que o dólar e continuou valorizado por muito tempo. Naquela época, até a Europa era acessível para os brasileiros.
Nos últimos anos, com a crise econômica, incluindo dois períodos de recessão, o cenário mudou, dificultando ou encarecendo viagens para o velho continente.
Aproveitei muito bem os melhores anos da economia brasileira para realizar um sonho de infância, conhecer a Europa, experimentando algumas das maiores emoções que tive na vida. Atravessei o continente de um jeito que mesmos os turistas endinheirados não costumam fazer. De trem, de carro e até de bicicleta, visitei cidades grandes e pequenas e dezenas de aldeias no interior de vários países, incluindo algumas que nunca tinham visto um brasileiro, como ocorreu duas vezes no interior da Baviera.
Me perdi de carro na Croácia e nos alpes austríacos, fui à praia na Bósnia e Herzegovina, cheguei à capital de um país sem saber que estava no país, testemunhei a realização de uma Copa do Mundo no país-sede, peguei carona em ônibus escolar da R. Tcheca para a Alemanha, por duas vezes, quase dormi no carro por falta de hospedagem...
Enfim, nenhum dinheiro paga por isso. Não foi apenas uma questão de disponibilidade de recursos, mas de oportunidade, e isso não tem preço!

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