sexta-feira, 9 de outubro de 2020

No reino de Cascadura

Era uma vez uma pacata vila no reino (nem tão encantado) de Cascadura. Tinha "floresta" com sapo, rã, cobra, goiabeira, jabuticabeira, bananeira, mangueira, caramboleira, tiziu, biquinho de lacre, pardal e sabiá. E também campinho de pelada, time de futebol com camisa e até festa junina com casamento.
Tinha ainda Dna. Maria, a vizinha mais próxima e prestativa; Dna. Nilza, a professora que alfabetizava todas as crianças do reino; Dna. Walquíria, a enfermeira que fazia o melhor pavê da região; Dna. Elvira, a mais rica, que viajava de avião todo ano; e "Dna. Nélia", a mais pobre, que morava com marido e muitos filhos num barraco com puxadinho. 
Mas tinha também o Zé Luis, o Marcos, o Robertinho, o Edílson, a Bete, a Helenilza, a Ildimar, a Duca e a Joaninha. E ainda os passeios ao shopping do reino vizinho (Madureira) e até ao longínquo reino da Penha, no parque com trem fantasma, roda-gigante, carrossel, algodão-doce, pipoca e uma igrejinha bem no alto.
Era uma vez uma infância, uma vila e um reino que o tempo deixou para trás...



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