segunda-feira, 3 de março de 2014

José Padilha e a carência do cinema nacional



Gostei da entrevista de José Padilha, diretor de "Tropa de Elite" (1 e 2) e do recente "Robocop", para o programa "Almanaque", da Globo News. Além de tratar com propriedade as questões específicas da indústria cinematográfica, aqui e em Hollywood, o diretor revelou um raro bom senso na abordagem de temas mais delicados da nossa sociedade, como a relação entre manifestações de rua, "black blocs" e segurança pública. 
Entretanto, destaco o comentário de Padilha a respeito da carência de bons roteiristas no cinema nacional, ao contrário do que ocorre nos EUA. Segundo ele, isso se deve à diferença da quantidade de profissionais que se dedicam a esse ofício no Brasil e em Hollywood. 
Em minha opinião, com uma indústria cinematográfica estabelecida há quase um século, a carreira de roteirista nos EUA é uma realidade e muitos desejam se inserir nesse mercado cada vez mais competitivo. Como a indústria de cinema no Brasil, apesar dos sucessos de bilheteria dos últimos anos (incluindo os dois "Tropa de Elite" do cineasta), ainda não se consolidou, com limitadas oportunidades e baixa remuneração, poucos aqui se dedicam a essa prática, o que explica, pelo menos em parte, nossa carência na área.




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