segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Nos tempos de um estadista!

 

Com D. Pedro, conquistamos a independência de Portugal, mas foi com seu filho, D. Pedro II, que o Brasil viveria seus melhores dias no período do império, incluindo o fim "oficial", ainda que tardio e "incipiente", da escravatura.
Grande líder político, humanista e defensor das ciências e das artes, D. Pedro II se revelou um verdadeiro estadista, respeitado por artistas, intelectuais e cientistas do mundo inteiro.
Ele viajou por quase toda a Europa, falava 17 idiomas e, estudioso, tinha interesse por todas as áreas de conhecimento. Fez uso dessa erudição em benefício do país, criando instituições públicas que prestam até hoje inestimáveis serviços à nação.
Reconhecido pelo exemplo de liderança e legado humanitário, viveu os últimos anos exilado em Paris, onde faleceu e teve um funeral com merecidas honras de Chefe de Estado.
Espero que essa nova novela da Globo, que retrata justamente o período de reinado de D. Pedro II, revele para as novas gerações ao menos uma fração, ainda que pequena, da enorme contribuição do imperador, certamente o maior (ou talvez único) estadista que esse país já conheceu.
Vale dizer que não tenho a menor simpatia por monarquias, um anacronismo que persiste no mundo, embora reconheça o papel de reis e rainhas na sustentação de algumas monarquias modernas.
Na verdade, sou republicano até a alma. Entendo que todos devam ser iguais perante a lei, ou a Constituição, um compromisso inarredável de qualquer sociedade que se considere verdadeiramente democrática no nosso tempo.

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