quarta-feira, 9 de junho de 2021

Danke, Deutschland!

 


Os amigos mais próximos sabem da grande simpatia que tenho pela Alemanha. Apesar de brasileiríssimo, nascido e criado no Rio de Janeiro, desde adolescente me interesso pela Alemanha e tudo o que diz respeito aos germânicos, não só por suas qualidades e potenciais, destacadamente a arte, a cultura e a capacidade de organização, mas também pelo drama que marcou seguidas gerações após as atrocidades cometidas pelos nazistas na II Guerra.
Em 2006, há exatos 15 anos (09 de junho), eu chegava a Munique justamente no dia da abertura da Copa do Mundo no país, realizando um sonho de infância. Era uma bela manhã de primavera na capital da Baviera, e muito cedo a cidade já estava tomada por torcedores de várias nacionalidades, num contagiante clima de alegria e confraternização, regado, claro, a muita cerveja. Uma experiência única e indescritível!
Naquela viagem, em meus passeios pela Alemanha, foi possível perceber claramente o esforço do povo para escrever uma nova história de suas relações internas e com o mundo. Em todos os lugares onde estive, das grandes cidades às pequenas aldeias, sempre fui recebido com carinho e hospitalidade, atitude que refletia uma profunda conscientização dos alemães em relação aos tristes episódios protagonizados pelo país no passado recente. Além disso, foi possível perceber o resgate de símbolos nacionais até então frequentemente associados a um período sombrio da história alemã. Foi comovente ver crianças e jovens exibirem orgulhosamente a bandeira da Alemanha em carros, bicicletas e janelas, escrevendo um novo capítulo da história do país sem o peso da culpa carregada por gerações anteriores. Se cada um de nós tem o direito de errar, se redimir e seguir em frente, por que não uma nação inteira?
Por tudo isso, passados 15 anos, continuo rendendo minhas homenagens à Alemanha, um país que aprendi a admirar também por sua capacidade de superar adversidades e se reinventar. E agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de testemunhar tudo isso ao longo dos últimos 26 anos, desde a primeira visita realizada no longínquo ano de 1995.





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