quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Certezas, dúvidas e julgamentos


Episódios envolvendo dois amigos nos últimos dias me fizeram lembrar do filme "Dúvida" (2008), dirigido por John Patrick Shanley e estrelado por Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman. O site da HBO informa que o filme, baseado na obra literária ganhadora do Prêmio Pulitzer, e na adaptação teatral premiada com um Toni, não está mais disponível para exibição no Brasil, o que é uma pena, já que se trata de uma bela produção, valorizada pelo fantástico desempenho dos protagonistas. Eu adoraria assisti-lo de novo, mas já pesquisei na internet e até o blu-ray está esgotado no fornecedor. Segue uma pequena sinopse da produção, extraída do site "AdoroCinema":

"Não existem provas, não existem testemunhas… somente suspeitas.
1964. O carismático padre Flynn (Philip Seymour Hoffman) tenta acabar com os rígidos costumes da escola St. Nicholas, localizada no Bronx. A diretora do local é a irmã Aloysius Beauvier (Meryl Streep), que acredita no poder do medo e da disciplina. A escola aceitou recentemente seu primeiro aluno negro, Donald Miller (Joseph Foster), devido às mudanças políticas da época. Um dia a irmã James (Amy Adams) conta à diretora suas suspeitas de que o padre Flynn esteja dando atenção demais a Donald. É o suficiente para que a irmã Aloysius inicie uma cruzada moral contra o padre, tentando a qualquer custo expulsá-lo da escola."

Recomendo esse filme a todos que costumam se orgulhar de suas certezas. Reservar (ao menos) um pequeno espaço para a "dúvida" em nossas vidas, principalmente quando se trata de julgar o próximo, não apenas no que diz respeito ao mérito de seus atos (certo ou errado), mas também em relação a como lidamos com suas supostas falhas, leves ou graves, é um oportuno exercício de humildade. 
Isso tudo me faz recordar de uma ótima frase atribuída a Millor Fernandes, habitualmente associada a contextos mais triviais do que o do filme.

- se você não tem dúvidas, está mal informado!




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