terça-feira, 22 de setembro de 2020

Quando a Arte não basta!

O maestro Georg Tintner nasceu em Viena, em 1917, e foi o primeiro judeu a ser aceito no tradicional coro "Meninos Cantores de Viena". Mais tarde, estudou composição na Academia de Viena, mas deixou a Áustria em 1938, fugindo da perseguição aos judeus. No caminho para a Nova Zelândia, acabou preso na Austrália ao ser acusado de ser um espião nazista.
Em 1946, tornou-se cidadão neozelandês, mas retornou à Austrália em 1954, assumindo o posto de maestro residente da Ópera Nacional.
Em 1987, emigrou para o Canadá, onde morou até 02 de outubro de 1999, quando tirou a própria vida após lutar contra um câncer por 6 anos.
Tintner se dedicou ao estudo das obras de Anton Bruckner. Convidado pela gravadora Naxos, entre 1995 e 1998, realizou a gravação do ciclo integral das sinfonias do compositor austríaco, considerado até hoje um trabalho de referência para críticos e fãs de Bruckner.
Embora seja um dos inúmeros apreciadores das sinfonias "brucknerianas", confesso que só descobri essa história hoje, após pesquisar na internet sobre gravações da sinfonia n.00 do compositor, única que ainda não tenho e tida apenas como um estudo do gênero.
Georg Tintner amava Bruckner possivelmente como eu e tantos outros fãs do compositor. Seu fim trágico aos 82 anos, após dedicar uma vida inteira à música, é motivo de profunda tristeza por revelar que a arte, a despeito da beleza e da verdade que contém, também não é capaz de nos salvar da dor e da desesperança!





2 comentários:

  1. Meu amigo, no caso dele realmente não foi. Mas, em tantos e tantos e tantos outros, a Arte salvou da dor e da desesperança. Gosto de saber que está mantendo o seu blog ativo. Abração

    ResponderExcluir
  2. Obrigado, meu amigo. De vez em quando, eu me lembro de atualizar!

    ResponderExcluir