sábado, 3 de dezembro de 2022

Berlim, uma cidade entre o passado e o futuro.

Passeio de barco pelo rio Spree, em Berlim, com a moderníssima estação central (hauptbahnhof) ao fundo.
Conheci Berlim no verão de 2010. A capital alemã, ao lado de Amsterdam, é a cidade mais "vanguardista" que visitei em minhas viagens. Talvez por ter recomeçado praticamente do zero após ficar em ruínas com os bombardeios da II Guerra, a cidade se reinventa a cada dia sob a influência de levas crescentes de imigrantes e novos padrões/valores de convivência. O fato é que poucas cidades europeias celebram a diversidade cultural e humana como Berlim.
A cidade se encontra dividida entre as lembranças do passado sombrio e o otimismo por vezes contagiante que se revela em edifícios, ruas, praças e até bairros inteiros reconstruídos após a queda do muro, em novembro de 1989.
Em Berlim, praticamente a cada quarteirão percorrido, encontramos fortes referências (deliberadamente mantidas) aos trágicos acontecimentos do século XX, mas, talvez, nenhuma outra cidade europeia transmita maior confiança no futuro.
Se Paris celebra o passado, refletido na preservação da homogeneidade de seu próprio conjunto arquitetônico, Berlim, por circunstâncias históricas, se vê diante da necessidade de recriar quase tudo em busca de um futuro diferente que a redima de um passado triste e conturbado.


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