quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Entre Deus e todos nós!

 


Como comenta um amigo de Carlos Kleiber (1930-2004) no documentário "Estou perdido para o mundo", em termos de música, o maestro teria sido o melhor mediador entre Deus e a humanidade. Para quem já ouviu ou assistiu Kleiber, faz sentido, muito sentido! 
Pena que o artista tenha terminado seus dias solitário e melancólico. Em dezembro de 2003, ao perder sua companheira de décadas e descobrir um câncer de próstata, caiu em profunda depressão. Meses depois, se isolou em Konjsiva, uma aldeia nas montanhas da Eslovênia, onde veio a falecer em julho de 2004.
O casal repousa agora (lado a lado) no cemitério da pequena propriedade eslovena, como revela a comovente cena final do documentário.
Triste fim para um homem singular e um artista extraordinário que jamais se rendeu à indústria fonográfica. Sem fazer concessões, só regeu quando quis e as obras que apreciava. E não foram muitas. Era certamente a antítese de Karajan, a própria personificação da indústria. Talvez por isso mesmo tenha virado lenda!

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