sexta-feira, 17 de abril de 2020

Beethoven, um gênio "compreendido"!

Nesse ano, o mundo da música comemora os 250 anos de nascimento de Beethoven. A efeméride seria lembrada com concertos programados pelas orquestras mais conceituadas de todos os continentes, mas a pandemia do novo coronavírus deve comprometer a maior parte dos eventos.
De todos os compositores eruditos cuja história de vida conheço, ao menos superficialmente, por meio de livros e filmes, Beethoven é aquele com o qual eu tenho a maior e mais profunda identificação. E isso não tem nada a ver com música ou com sua obra, mas sim com a trajetória de vida do compositor, com os obstáculos que enfrentou e a maneira como reagiu a tudo, nem sempre com conformismo ou resignação.
Intempestivo, irascível, intolerante, cruel, injusto! Ele foi tudo isso, mas guardava dentro de si um profundo amor pela espécie humana e sua jornada nesse mundo, embora, com escolhas equivocadas ou "impossíveis", infelizmente não tenha alcançado a tão desejada realização romântica.
A música de Beethoven é impregnada de todas essas contradições, revelando um homem, mais do que um artista, tragicamente incompreendido e deslocado em seu meio social e em seu tempo. Sua obra nada mais é do que um reflexo ou uma resposta, por vezes enfática, a uma experiência de vida atribulada de um homem que, com sua arte, soube como nenhum outro na história da música transformar obstáculos e limitações pessoais na mais sublime expressão do espírito humano.
É por tudo isso que "compreendo" e admiro Beethoven!

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