quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Diferenças, semelhanças e a construção da paz



Sempre que encontro os amigos mais próximos, o assunto viagem acaba surgindo em nossas conversas. É natural já que todos sabem que costumo aproveitar as férias para visitar novas paisagens, outros povos e, claro, diferentes culturas. Por obra do destino (ou dádiva divina!), há aproximadamente 20 anos conheci primos na Espanha e amigos na Alemanha que vêm me proporcionando férias inesquecíveis ao longo desse período. Em meus deslocamentos por terras alheias nesses anos todos, tive a oportunidade de colecionar experiências fantásticas, as quais, de alguma forma, moldaram minha maneira de ser e de encarar o mundo e a própria vida.
No início, o que mais me estimulava a sair do conforto do lar e a me tornar um "forasteiro", ainda que por pouco tempo, era a possibilidade de conhecer novas culturas. Sempre achei fascinante identificar, em cada local, hábitos, costumes e valores distintos de tudo que encontro em minha cidade ou em meu país. Nas primeiras viagens, essa foi minha maior motivação para encarar o desconhecido e o inesperado, no Brasil e no exterior. Mas não demorou muito, ou tantas viagens, para eu mudar o foco e descobrir que o maior prazer dessas aventuras longe de casa, dos familiares e dos amigos não residia na percepção das eventuais diferenças que distinguem povos e culturas distantes, mas na constatação das semelhanças e de nossos traços comuns, que certamente vão além das aparências e de padrões locais de comportamento.
Costumamos desconfiar ou ter medo de tudo que nos é estranho. É normal pois faz parte da natureza humana. Por isso mesmo, procurar conhecer (e entender) o outro, seja ele o vizinho, o porteiro do prédio, o jornaleiro ou ainda o estrangeiro do país mais distante, é o melhor caminho para o entendimento, o respeito mútuo e a construção da paz.


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