segunda-feira, 5 de maio de 2014

Ignorância, preconceito e indignação


Mais um caso de racismo foi registrado ontem à tarde no futebol espanhol, no final do jogo do Levante contra o Atlético de Madrid.
Há atletas que reagem como Daniel Alves, do Barcelona, que pegou a banana, comeu e continuou jogando como se nada tivesse acontecido. Ótimo pra ele.
Mas há outros, como parece ser o caso do jogador do Levante (eu assisti ao vivo), que reagem com incontida indignação e revolta quando são alvos de manifestações estúpidas de racismo. Sentem-se, com justiça, humilhados e atingidos em sua dignidade, e o que é pior, impotentes diante de atos de violência praticados por covardes que se escudam no anonimato das arquibancadas e na tolerância da sociedade. Eles têm a minha mais sincera e profunda solidariedade.
O fato é que o racismo no futebol não é maior nem menor do que o racismo encontrado na sociedade. A única maneira de reduzi-lo drasticamente, em qualquer país ou instância das relações humanas, é por meio da educação. Enquanto houver preconceito, o que se combate ainda na infância, no ambiente familiar e nos bancos escolares, haverá discriminação. Apenas identificar e punir racistas é o mesmo que negligenciar a saúde e tratar da doença. É pouco e não resolve o problema.



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