sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Biografia não autorizada (e pornográfica?) de Mozart


Será que Mozart autorizaria a publicação das cartas libidinosas que escreveu para a esposa Constanze? Duvido muito. Não acredito que um homem do século XVIII concordasse com isso, nem mesmo o irreverente compositor austríaco. 
De qualquer maneira, a divulgação dessas correspondências certamente permitiu às gerações seguintes um conhecimento mais fiel do perfil psicológico e do temperamento de Mozart, e em que medida isso se refletiu nas obras do artista. 
No trecho, transcrito abaixo, da carta enviada por Mozart para Constanze, datada de 23 de maio de 1789, o genial compositor revela seu lado, digamos assim, libertino, mas com bastante estilo. Confiram:

"Na quinta-feira, dia 28, viajo para Dresden, onde deverei pernoitar. No dia 1º de junho, dormirei em Praga, e no dia 4, será 4? - com a minha querida mulherzinha. 
Arrume o querido e belíssimo leito com esmero, pois meu garotinho realmente o merece; ele se comportou muitíssimo bem e não deseja outra coisa senão possuir sua belíssima... imagine só o maroto: enquanto escrevo essas linhas, ele se insinua até a borda do tampo da mesa e me olha com um olhar inquiridor. Mas, longe de ser indolente, bato-lhe no nariz como se deve... e agora o danadinho se inflama ainda mais furiosamente e está quase fora de controle."



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