terça-feira, 10 de março de 2015

César Franck, "Psyché" e o romantismo perdido no tempo



Assisti a um concerto inesquecível em Paris, em 2008, com a Orquestra Nacional da França e o Coro da Rádio França, sob a regência de Kurt Masur, executando o comovente e acentuadamente romântico poema sinfônico "Psyché", composto pelo belga (naturalizado francês) César Franck (1822-1890) apenas 2 anos antes de falecer. 
Impregnada de um romantismo já há muito tempo esquecido, o fato é que há raras gravações e performances ao vivo da obra. A experiência de Paris, no Museu d'Orsay, exatamente no dia 21 de junho, que abre o verão no hemisferio norte, ficará para sempre em minha memória, em especial pela atmosfera de harmonia e encantamento que envolveu plateia, músicos e o próprio regente.
Seduzido pela experiência, desde então, vinha procurando um cd com a música em minhas viagens ao exterior, e também aqui no Brasil, sem obter sucesso. Achei mesmo que jamais a ouviria novamente. Pensava que tudo acabaria apenas guardado em minha memória, até que se perdesse definitivamente com o tempo.
Ajudado pelo santo protetor dos amantes de música, cujo nome desconheço, mas que certamente existe, finalmente encontrei hoje o cd (foto acima) em estado de novo, num sebo bem perto do trabalho, em mais uma de minhas peregrinações em busca de raridades perdidas. Custei a acreditar porque a gravação é com a obra completa, mais rara ainda, justamente do jeito que a conheci há quase 7 anos em Paris. Uma emoção só comparável à oportunidade de ouvi-la mais uma vez. Mas essa será uma outra história que contarei mais tarde!

Cartaz de anúncio do concerto no Museu d'Orsay

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