O filme "Vidas Passadas" (2023), dirigido pela sul-coreana Celine Song, que trata do reencontro de um casal de amigos de infância 24 anos depois que se separaram, é também a história do que poderia ter sido e não foi, sem culpa ou qualquer idealização romântica da relação. Mas, num roteiro vencedor do Globo de Ouro e indicado ao Oscar, o filme revela também que não há como voltar ao passado impunemente ou sem consequências.
A ótima produção me fez lembrar de uma das mais belas passagens do conto "Os Mortos", de James Joyce, brilhantemente adaptado para o cinema por John Huston, quando um marido fiel e amoroso descobre que a esposa, ambos na meia-idade, tivera na juventude uma grande paixão por alguém que sacrificou a própria vida por ela, num dos mais belos e sensíveis relatos da literatura ocidental.
Mas essa é uma outra história...
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