segunda-feira, 1 de julho de 2024

As duas faces de um gênio!

 

Com a Orquestra Filarmônica de Viena, Karajan gravou, em 1989, seu último concerto, regendo a Sétima Sinfonia de Bruckner (cd à esquerda da foto).
Já bastante debilitado, conduziu a obra sem a obsessão pela perfeição que o caracterizou durante a longa carreira. Alguns críticos até entendem que esse "desprendimento" acabou por revelar o melhor Karajan e, talvez, a melhor versão da própria obra-prima de Bruckner.
Na gravação da mesma sinfonia, em 1971 (cd à direita), à frente da Orquestra Filarmônica de Berlim e 18 anos mais novo, era o Karajan obsessivo que não tolerava o menor erro de execução da orquestra, impondo com "mão de ferro" uma visão pessoal e praticamente inegociável da obra.
Confesso que gosto mais do Karajan obsessivo, um artista que passou a vida inteira em busca da perfeição, cumprindo uma trajetória que o levou a atingir os mais altos padrões de seu ofício ou de sua arte no século XX.

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