Um carteiro idoso faz sua última viagem de entrega de correspondência pelo interior da China, acompanhado do filho que herdará a função.
Em meio a personagens típicos que encontram pelo caminho, os dois fazem a jornada através da bela (e verde) China rural, refletindo sobre a relação familiar, o que ficou para trás e "mal resolvido" e também as expectativas de cada um (em especial do jovem) para o futuro. Um verdadeiro rito de passagem que transformará completamente a maneira como pai e filho se veem e se relacionam.
O filme "Carteiros nas Montanhas", de 1999, me lembrou outro, "Um Órfão nas Ruas", de 1948, produzido às vésperas da proclamação da República Popular da China. Uma obra também singela feita por encomenda pelas autoridades comunistas. Nesse caso, a história é francamente um pastiche inspirado em Dickens (Oliver Twist) e no neorrealismo italiano, mas de valor inestimável por conter o registro histórico de uma visão do mundo, pueril e maniqueísta, já há muito perdida no tempo.
Dois filmes chineses e dois raros prazeres com o cinema.
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