A França produziu nos anos 40 "O Boulevard do Crime", filme
dirigido por Marcel Carné, um dos maiores representantes do realismo poético,
principal corrente estética do cinema francês no período. E poderia não ter
produzido mais nada que, ainda assim, estaria garantido o lugar de honra do país
na cinematografia mundial.
O filme, que faz uma representação ao mesmo tempo poética e cínica da boemia, da cena teatral e dos cabarés de Paris no início do séc. XIX, é uma obra-prima indiscutível, resultado da parceria bem-sucedida do cineasta com o pintor e poeta Jacques Prévert.
Além da magnífica direção de Carné, a produção conta com performances marcantes de seu triângulo amoroso, formado por Garance (Arletty), Fréderick Lemaitre (Pierre Brasseur) e Baptiste (o mímico, vivido por Jean-Louis Barrault), e com o excelente roteiro de Prévert, que joga o tempo inteiro com os conceitos de ficção/realidade e com os códigos de representação do cinema e do teatro, ignorando inteligentemente suas fronteiras.
Esses elementos reunidos conferem à produção uma rara excelência, principalmente se considerarmos as enormes dificuldades para sua realização, num período conturbado como foi o início da década de 40, com a França ocupada pelos nazistas e dividida entre os colaboracionistas e a resistência.
Após mais de meio século, "O Boulevard do Crime" continua sendo uma obra complexa e de vários significados, apesar de sua aparente simplicidade. E na era do blu-ray e das restaurações/remasterizações digitais, que operam milagres na recuperação de sons e imagens, o filme merece ser descoberto pelas novas gerações de cinéfilos.
O filme, que faz uma representação ao mesmo tempo poética e cínica da boemia, da cena teatral e dos cabarés de Paris no início do séc. XIX, é uma obra-prima indiscutível, resultado da parceria bem-sucedida do cineasta com o pintor e poeta Jacques Prévert.
Além da magnífica direção de Carné, a produção conta com performances marcantes de seu triângulo amoroso, formado por Garance (Arletty), Fréderick Lemaitre (Pierre Brasseur) e Baptiste (o mímico, vivido por Jean-Louis Barrault), e com o excelente roteiro de Prévert, que joga o tempo inteiro com os conceitos de ficção/realidade e com os códigos de representação do cinema e do teatro, ignorando inteligentemente suas fronteiras.
Esses elementos reunidos conferem à produção uma rara excelência, principalmente se considerarmos as enormes dificuldades para sua realização, num período conturbado como foi o início da década de 40, com a França ocupada pelos nazistas e dividida entre os colaboracionistas e a resistência.
Após mais de meio século, "O Boulevard do Crime" continua sendo uma obra complexa e de vários significados, apesar de sua aparente simplicidade. E na era do blu-ray e das restaurações/remasterizações digitais, que operam milagres na recuperação de sons e imagens, o filme merece ser descoberto pelas novas gerações de cinéfilos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário