Em 1941, em sua passagem pelo Rio de Janeiro, Stefan Zweig sugeriu a Lasar Segall, pintor que conheceu em São Paulo, "uma representação de toda a tragédia dos refugiados de hoje", certamente se referindo às vítimas da guerra em curso na Europa.
Na ocasião, Lasar estava justamente terminando "Navio de Emigrantes" e lhe enviou uma fotografia do quadro. Zweig, então, respondeu: "há nele uma síntese visionária da miséria contemporânea."
Há 80 anos, Zweig já chamava a atenção para o problema dos refugiados originários de regiões conflagradas, crises migratórias que se tornam cada vez mais frequentes num mundo globalizado que elimina fronteiras para o fluxo de produtos e mercadorias, mas que resiste à circulação de pessoas.
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